Ilè Asé Awọn Omọ ti Okun
Templo Escola Filhos do Mar
A Bengala de Pai Joaquim
A Bengala de Pai Joaquim, bate devagar, mas pode doer.
O Rosário de Pai Joaquim, tem mironga pra benze.
Tem dendê, o meu zí fio, o tem dendê… Tem dendê, meu zí fio, o tem dendê.
O Rosário de Pai Joaquim, tem mironga pra benze!
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Quem é aquele velhinho – Pai Benedito
Quem é aquele velhinho, que vem no caminho, andando devagar
Com seu cachimbo na boca, puxando fumaça e jogando no ar
Ele é do cativeiro, é Pai Benedito, ele é Mirongueiro
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Lá vem Preta Velha
Lá vem preta velha
Descendo a serra com sua sacola
Ela trás um rosário, ela trás uma guia,
Ela vem de Angola
Eu quero ver vovó
Eu quero ver vovó
Eu quero ver filho de pemba tem que querer
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Senhor do Bonfim
Mas eu fui à bahia fazer uma promessa ao Senhor do Bonfim
Que eu seguiria minha Umbanda até o fim
Me ajuda me dê paz e saúde ó Senhor do bonfim me ajuda
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Vovô Chico
Ôh meu vovô Chico nunca nos abandone
Ôh meu vovô Chico nunca nos abandone
Oh toma conta do seu terreiro Oh Toma conta do seu congá
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Meu Pai é Santo Atotô
Atotô Obaluaê meu pai, meu pai é santo
É Santo do meu axé, é santo do meu encanto
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Fui pedir às almas santas
Eu andava perambulando
sem ter nada pra comer,
Fui pedir às almas santas
para vir me socorrer
“Foi” as almas que me “ajudou”
Meu divino espírito santo
Louvo a Deus Nosso Senhor
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Lá vem vovô
Lá vem vovô
Descendo a serra com sua sacola
É com sua rosário, é com seu patuá
Ele vem de Angola
Eu quero ver vovô, Eu quero ver vovô
Eu quero ver se filho de pemba tem querer
--- X ---
Fumaça cheirosa vovô
Que fumaça cheirosa vovô
Sai do seu cachimbo
Não sei se é arruda vovô
Ou manjericão
Só sei que esta fumaça, vovô
Faz bem ao meu coração
Meu Pai Antônio de Angola
Protetor, bondoso guia
Ele traz no patuá
O feitiço da Bahia
Que fumaça cheirosa vovô
Sai do seu cachimbo
Não sei se é arruda vovô
Ou manjericão
Só sei que esta fumaça, vovô
Faz bem ao meu coração
Enquanto a senzala dormia
A sua oração fazia
Ajoelhado pedia clemência
A Jesus e a Virgem Maria
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Que Preto é esse?
Que preto é esse, oh Calunga
Que chegou agora, oh Calunga
É o Pai Joaquim oh calunga
Que veio de Angola.
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Preto Velho que veio de Angola
Bem perto daquela pedreira
tem alguém sentado
que Oxalá mandou.
É preto velho que veio de angola
Com o seu agogo no reino saravou.
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Vovó Luiza quando vem de Aruanda
Tacurucaia, auê, auê,
Vovó Luiza, auê, auê,
Vovó Luiza quando vem lá de Aruanda,
trazendo pemba pra salvar filhos de Umbanda,
com sua saia carijó e de babado,
trazendo o rosário sagrado.
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Preto Velho quando fuma cachimbo
Preto Velho quando fuma cachimbo ô sinhá
Fumaça vai longe ô sinhá
Fumaça vai longe ô sinhá
Vai prá defumar ô sinhá
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Noite de lua
Foi numa noite de Lua
Que eu vi Tia Maria chegar
Ela estava tão serena
Sentada em seu Conga
Ê, ê, ê, ê, ê
Ela veio saravar
Ê, ê, ê, ê, ê
Os seus filhos abençoar
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Diz Aleluia
Quando o galo canta
As almas se levantam
E o mar recua
Os Anjos do Céu dizem amém
Tia Maria diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Tia Maria diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Tia Maria diz aleluia
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Chegou no Congá
Tia Maria chegou no Congá
Galo cantou e eu ouvi uam Coral piar
Segura a Pemba, passa a mão na ferramenta
Pra chamar povo de Umbanda e vamos trabalhar
Tira daqui, meu zifio, tira de lá
O tocar, olha a Pemba
De Pai Oxalá
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Casca de Côco no Terreiro
Vovó não quer casca de côco no terreiro,
Pra não lembrar do tempo do cativeiro.
Vovó é filha de um Ventre Livre,
Nasceu feliz, depois da abolição.
Casca de côco lhe traz na lembrança,
O amor escravo, de seu Pai João.
Vovó não quer casca de côco no terreiro,
Pra não lembrar do tempo do cativeiro.
Vovó se lembra da velha senzala,
Da Casa Grande e do terreirão,
Da machadada que cortava o côco,
Do Nêgo Velho do seu coração,
Da Sinhazinha, moça muito bela,
Da saia de renda e do Pai João,
Broa de milho em panela de ferro,
De café socado a base de pilão,
Vovó não quer casca de côco no terreiro,
Pra não lembrar do tempo do cativeiro.
--- X ---
São Benedito a sua casa cheira
São Benedito, a sua casa cheira
Cheira cravo e cheira rosa,
Cheira flor de laranjeira
Abre essa porta, pra seu filho entrar,
Abre a porta do céu, deixe as almas trabalhar
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Segura Cambinda que eu quero vê
Vovó Cambinda
Cambinda mamanhê
Cambinda mamanha
Cambinda mamanhê
Cambinda mamanha
Segura a Cambinda que eu quero vê
Que filho de Umbanda não tem querer
--- X ---
Preto velho nunca foi à cidade
Preto velho nunca foi à cidade
Oi sinhá
Fala na lingua de Zambi
Oi sinhá
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Pai joaquim veio de angola
Pai joaquim ê, ê;
Pai joaquim ê, a
Pai joaquim veio de angola
Pai joaquim veio de angola, Angolá.
Pai Joaquim cadê Pai Mané
Tá na mata panhando Guiné
Diga a ele que quando vié
Que suba a escada e não bata o pé
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É o vento que balança folha
É o vento que balança
A folha guiné
É o vento que balança a folha
É, é, é Pai Guiné
É o vento que balança a folha
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Salve Mãe Maria de Minas
Salve Mãe Maria de Minas
Mãe Maria de Minas Gerais
Preta-velha rezadeira
Qualquer mal ela desfaz
Preta-velha mirongueira
É a razão da minha paz
Na sua Urucaia ela traz
Um cachimbo que vence demanda
Sete pemba e rosa branca
Um rosario de guiné
No cruzeiro abençoado
Trabalha pra quem tem fé
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No Cruzeiro das Almas
Foi lá no cruzeiro das almas
Aonde as almas vão rezar
As almas choram de alegria quando seus filhos se combinam
Também choram de tristeza quando não quer combinar
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Fumaça do cachimbo do vovô
Olha a fumaça do cachimbo do vovô
Sobe no ar só não vê quem não quer
Só não vê quem não quer
Preto Velho trabalha trabalha
A mironga do nego está presa no pé
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São Benedito manda nos Pretos Velhos
São Benedito que manda nos Pretos Velhos
São Benedito manda Rei Congo abaixar
Auê, meu Pai Auê, meu Pai
Peço licença, deixa os Velhos trabalhar
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Preto-Velho orou a Zambi
Numa noite linda,
Que tinha luar
Preto-Velho orou a Zambi
Pra cativeiro acabar
Numa noite linda,
Que tinha luar
Preto-Velho orou a Zambi
Pra cativeiro acabar
Trabalha Velho, trabalhou!
Trabalha Velho, trabalhou!
Trabalha Velho
O cativeiro acabou.
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Olelê de Preto Velho
Olelê meu Deus do céu que alegria
Os Pretos velhos não carrega soberbia
Meu Deus do céu é isto que eu preferia
A Estrela D´Alva no ponto do meio-dia
No meu quintal eu vou plantar pé de pinheiro
Pra lhe mostrar como se quebra macumbeiro 2x
Olelê meu Deus do céu que alegria
Os Pretos velhos não carregam soberbia
Meu Deus do céu é isto que eu preferia
A Estrela D´Alva no ponto do meio-dia
Galo penacho bota macho na campana
Neste terreiro galo velho não apanha
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Eu já vou embora (preto velho)
Eu vou embora minha terra é muito longe
Mas mesmo assim vou caminhando devagar
O meu cruzeiro é cruzeiro de penitencia
Mas jesus Cristo me ajuda a carregar
Adeus Corina que eu já vou embora
Deixo apenas a saudade nas asas da Sirigola
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Quem vem de longe
Quem vem de longe é Pai Jacinto de Angola
Quem vem de longe é Pai Jacinto de Angola
Quem vem de longe é Mãe Maria de Angola
Quem vem de longe é Mãe Maria de Angola
Com seus cabelos brancos e encaracolados
Tem a brancura da pureza e da alegria
São abençoados pelo filho de Maria
São abençoados pelo filho de Maria
Quem vem de longe é Vô Juvêncio de Angola
Quem vem de longe é Vô Juvêncio de Angola
Quem vem de longe é Vó Luzia de Angola
Quem vem de longe é Vó Luzia de Angola
Com seus cabelos brancos e encaracolados
Tem a brancura da pureza e da alegria
São abençoados pelo filho de Maria
São abençoados pelo filho de Maria
Quem vem de longe é Pai João de Angola
Quem vem de longe é Pai João de Angola
Quem vem de longe é Mãe Joana de Angola
Quem vem de longe é Mãe Joana de Angola
Com seus cabelos brancos e encaracolados
Tem a brancura da pureza e da alegria
São abençoados pelo filho de Maria
São abençoados pelo filho de Maria
Quem vem de longe é Pai Bento de Angola
Quem vem de longe é Pai Bento de Angola
Quem vem de longe é Mãe Zéfa de Angola
Quem vem de longe é Mãe Zéfa de Angola
Com seus cabelos brancos e encaracolados
Tem a brancura da pureza e da alegria
São abençoados pelo filho de Maria
São abençoados pelo filho de Maria
--- X ---
Olhei pro céu – Pai Manoel de Aruanda
Eu fui ao céu vi uma estrela correr,
E nas pedreiras eu vi pedra rolar,
E meus caboclos brincando na areia
Quando a mãe sereia começou cantarolar!
E no seu canto ela sempre dizia
Que só queria ter asas pra voar
Pra ir ao céu buscar estrela que brilha
Pro Pai Manoel enfeitar o seu conga
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Adorei as almas
Adorei as almas
As almas me atenderam
Adorei as almas
As almas me atenderam
Eram Santas Almas
Lá do cruzeiro
Eram Santas Almas
Lá do cruzeiro
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Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala (2x)
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento, não existe mais chibata
Só existe esperança para um novo amanhecer.
Povo negro, povo forte
Trabalhavam pro senhor
E sofriam as maldades praticadas pelo feitor
O sangue, o suor, e a lágrima
Derrubavam só pra vida
Pois sabiam que o sofrimento os preparavam para nova vida.
Ecoou um canto forte na senzala…
Dos tambores de Angola e de Minas
Caminhavam mandou Cambinda
São os velhinhos da Umbanda
Que encaminham nossas vidas
Esqueceram de toda a senzala
Do cativeiro a crueldade
Pois voltaram para essa terra
Pra praticar a caridade
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento, não existe mais chibata
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Ta caindo fulo
Ta caindo fulo, eheh
Ta caindo fulo, eh ah
Lá do céu, cai na terra
Ai meu Deus, ta caindo fulô
Quem ouviu o meu cantar
Um pouco me conheceu
Vou levar no coração
A flor que tu me deu
E sempre que chega a hora
De partir pra outro chão
Deixo a tristeza de fora
E canto minha louvação
Eu não vou estar aqui
Mais nunca vou me esquecer
O calor que recebi
Dou de volta pra você
Vou me embora, vou me embora
Deixo aqui meu coração
Vou saindo em plena aurora
Deixando fulô no chão
Ta caindo fulo, eheh
Ta caindo fulo, eh ah
Lá do céu, cai na terra
Ai meu Deus, ta caindo fulô
--- X ---
Pai José
Quem tem a cabeça tão grande
Quem tem o olhar penetrante
Quem vem em uma nuvem de prata de um mundo distante
Quem tem a cabeça tão grande
Quem tem o olhar penetrante
Quem vem em uma nuvem de prata de um mundo distante
É o Pai José que chega agora nesse instante
É o Pai José que chega agora nesse instante
--- X ---
Tem pena dele
Tem pena dele
Benedito tenha dó
Ele é filho de Zambi
Ô São Benedito tenha dó
Tem pena dele Nanã
Tenha dó
Ele é filho de Zambi
Ô Zambi tenha dó