Eis
o Senhor do Dia, o Òrìsà do progresso e da cultura, o Òrìsà da vida e
também da efervescência da vida, da discussão, da guerra e do avanço, da
estratégia, da inteligência, do branco, do claro, do positivo e do
masculino!!
Òrìsà moço, Osala criança, às vezes adolescente, não passando do jovem adulto Ajagunan!! Brinda o Universo com vida, com energia, com o lúdico e com a guerra e a cultura. Traz o Dia, traz o tempo, traz a evolução e o ritmo!
Este controvertido Òrìsà, apenas superado em controvérsia por Esu, já
traz os paradoxos em sua criação. Pois para alguns ele é filho de Osala
com Yemojá, mas na grande maioria da cultura este Òrìsà é o próprio
Osala, em idades mais tenras! Quando sua missão era outra que apenas a
administração da Criação, mas sim a de lançá-la, de construí-la e de
fazê-la possível! A natureza destes dois aspectos do mesmo Òrìsà é tao
distinta e paradoxalmente semelhante, que ao mesmo tempo que o separa em
dois Òrìsàs distintos, os une no mesmo Òrìsà ao final da compreensão do
momento, missão e natureza deste Òrìsà nlà (Supremo Òrìsà)!
Este Òrìsà é nascido do Odù Eji-Ogbè, do primeiro alento de vida de
Olorùn (Deus), com ele véio o dia primordial e consigo a vida! À ele
Olorùn confiou a vida, o dia e a criação! Que não pôde realizar só,
senão com a ajuda de sua irmã Odudua, nascida logo a seguir pelo Odù
Oyekù e o surgimento da sombra emergida do brilho do dia e da vida,
trazendo consigo a noite, o feminino, a morte. Ambos terminaram sob as
ordens de Olorùn a Criação dos 9 mundos e do Aiyé (o mundo manifesto) e
todos os seus habitantes, tendo como dinamizador desta relação o
terceiro Òrìsà mais velho: Esu (esfera), aquele que faz girar o Axé
destes dois princípios e que assim cria os caminhos possíveis para a
realização do plano divino.
Conta uma lenda que, após espalhada
a terra pela galinha de pata com cinco garras, desceram os Òrìsàs para
construírem o Aiyé, vieram antes de todos Òsógiyàn e Ogun. Trabalharam
arduamente construindo o mundo, Quando a espada de cristal de Òsógiyàn
se rompe sob o peso da terra e da pedra. Era o instrumento celestial de
Osala frágil para lidar com a rude matéria. Sem saber como continuar,
veio Ogun que havia presenciado o ocorrido, e ofereceu à Osala sua
própria espada para que Osala continuasse a trabalhar. Enquanto Ogun
continuou com as próprias maos!! Devido a isso Ogun goza de eterno
prestígio com ÒSÓGIYÀN, que sempre o abençoa em todo os seus
empreendimentos e trabalhos!
Há uma relação muito íntima, sem
dúvida entre Ogun e Òsógiyàn, tanto que muitos devotos e até mesmo
sacerdotes o confundem com uma “qualidade branca” de Ogun… somente o
desconhecimento para levar a esta proposição, haja visto que o grande
Ogun é um ébora, enquanto Òsógiyàn é um Irunmonlè..!
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